terça-feira, 10 de abril de 2012

VALIDAÇÃO DE DIPLOMAS Cremepe tenta barrar médicos de fora do País

Publicada em: 10/04/2012, adicionada por: Mayra Rossiter

VALIDAÇÃO DE DIPLOMAS

Cremepe tenta barrar médicos de fora do País

O Conselho de Medicina anunciou que vai à Justiça para impedir programa de atração de profissionais
O Conselho Regional de Medicina (Cremepe) anunciou ontem que tentará impedir, com ação na Justiça, o Provalida, programa de revalidação de diploma médico de profissionais formados no exterior, lançado há 11 dias pelo governo do Estado e que será aplicado pela universidade estadual (UPE). Em nota oficial publicada domingo nos jornais, o Cremepe diz que o "projeto não garante padrão mínimo de conhecimento na língua nacional nem compatibilidade de grade curricular com os formados no Brasil".
A UPE não vê razão para a crítica, uma vez que o modelo adotado segue as regras do Revalida dos Ministérios da Educação e Saúde, inclusive exigindo dos estrangeiros proficiência em português e carga horária equivalente à das faculdades brasileiras. "Era bom que lessem o edital antes", argumenta o vice-reitor, médico Rivaldo Albuquerque, que espera convencer as entidades médicas. As inscrições para o Provalida começam no próximo dia 30 e a previsão é que todo o processo de avaliação dure cinco meses, com análise documental e três provas (objetiva, discursiva e de habilidades). O edital está disponível em www.upe.br.
Segundo a presidente do Cremepe, Helena Carneiro Leão, o receio é que sejam revalidados diplomas de médicos sem condições mínimas de atuação no mercado. "Na Venezuela, Hugo Chávez (o presidente) saiu formando muita gente de uma vez só e, na Bolívia, é um grande negócio", criticou. Desconhecendo as semelhanças entre o Provalida e o Revalida enfatizadas pela UPE, Helena afirma que só aprova o processo dos Ministérios da Educação e da Saúde (Revalida), que tem aval das entidades médicas nacionais e é realizado pelas universidades federais. No ano passado, o Cremepe registrou seis médicos estrangeiros e 36 brasileiros que se formaram no exterior. "Negamos a concessão do registro nos casos em que não houve prova para a validação", esclarece. Como o Provalida inclui um compromisso do médico de trabalhar no interior, Helena argumenta que essa não é a melhor forma para levar a assistência à população. "Precisa ser instituída a carreira médica."
O vice-reitor da UPE, Rivaldo Albuquerque, alega que o projeto "não tem a intenção de jogar no SUS profissionais despreparados, de segunda ou terceira categoria". Também não há, segundo ele, facilidades para o candidato. "Seguimos as regras do Revalida, do governo federal. A única diferença é que incluímos um termo de compromisso para que o aprovado trabalhe nas cidades com carência de atenção básica." A universidade tem escolas de medicina no Recife (curso existente há 63 anos) e em Garanhuns. O Provalida nasceu de um convênio das Secretarias de Ciência e Tecnologia e de Saúde com a Associação Municipalista de Pernambuco, que reúne prefeitos.
A secretária-executiva de Gestão do Trabalho da Secretaria Estadual de Saúde (SES), Cínthia Kaline Alves, explica que não se trata de uma ação isolada para levar médico ao interior. "Estamos qualificando a atenção primária para atrair médicos formados no Brasil e queremos colaborar com uma distribuição mais equilibrada desses profissionais e dos formados no exterior. Na capital temos 4,6 médicos para cada mil habitantes. No interior, há um médico para cada dois mil moradores", lembra. A SES, segundo ela, é favorável a uma carreira médica na atenção básica, fomentada pelos governos federal, estadual e municipal. Quanto à polêmica criada pelo Cremepe, ela acredita que é natural, decorrente da novidade. "Vamos sentar e discutir", sugere. Desde 2009, quando realizou concurso público, a SES convocou 1.408 médicos, mas só 806 assumiram os cargos. Há vagas abertas em neonatologia, trauma, UTI de adultos e pediátrica, inclusive no Recife.
Da Assessoria de Comunicação do Cremepe.
Fonte: Jornal do Commercio.

4 comentários:

  1. Amigo, vi que você é Fisioterapeuta, e que trabalha com Acumpultura.

    Eu e minha namorada estamos indo no meio do ano para a Bolívia, em Cochabamba. Ela é Fisioterapeuta também.

    Pergunto o que é necessário para que um fisioterapeuta possa trabalhar na Bolívia. Existe algum órgão que tem que se fazer registro? Existe algum tipo revalidação de diploma ou algo do tipo?

    Enfim, o que é necessário para que ela trabalhe em Cochabamba?

    ResponderExcluir
  2. depende como você quer viver em média está entre U$ 350,00 y U$ 650,00.

    ResponderExcluir
  3. sim é possível trabalhar agora com novo visto, mas trabalhar na sua área c precisa junto com os outros documentos enviar para Brasília seu certificado de conclusao de curso, mais uma certidao de nascimentou ou casamento, daí você pode levar nos órgaos competentes na Bolívia para poder trabalhar! um abraço!

    ResponderExcluir
  4. Bom dia, gostaria de saber sobre trabalho, é complicado conseguir trabalhar?

    ResponderExcluir

Deixe seu comentário e assim que puder responderei! Um abrazo!