domingo, 21 de agosto de 2011

Alagoanos se formam no MERCOSUL com esperança de revalidar diploma no Brasil


Alagoanos se formam no MERCOSUL com esperança de revalidar diploma no Brasil
por Alana Berto
O número limitado de vagas nas universidades federais e o alto custo das faculdades particulares no Brasil estão fazendo com que cada vez mais alagoanos apostem nas universidades da Bolívia e da Argentina, principalmente para conseguir cursar medicina.
Ao entrar em uma universidade fora do país, os estudantes têm que ficar longe da família, se adaptar ao clima e ao idioma do lugar. Os seis anos cursando medicina fora é apenas o começo, já que após concluir o curso os estudantes precisam revalidar o diploma aqui no Brasil.
Com os real valendo 4,342 pesos bolivianos e 2,578 pesos argentinos, os estudantes que vão para esses países gastam em média 1500 reais por mês contanto com moradia e alimentação, o que seria o preço de uma faculdade particular no Brasil.
No dia 18 de março deste ano, foi publicada uma portaria que institui o exame nacional de revalidação de diplomas expedido por universidades estrangeiras. O exame será aplicado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), em colaboração com a subcomissão de revalidação de diplomas médicos, da qual participam representantes dos ministérios da Saúde, Educação e Relações Exteriores e da Associação Nacional dos Dirigentes de Instituições Federais do Ensino Superior (Andifes), além do Inep.
O procedimento de revalidação é feito nas universidades públicas brasileiras. Para solicitar, os alunos precisam entrar com uma ação na universidade que o profissional prestou a prova. Apresentam seu diploma, passaporte e a grade curricular, além da tradução dos documentos.
Após a apresentação de todas as informações será feita uma análise por uma comissão, formada por professores do curso e assim, o profissional pode realizar uma prova ou uma complementação dos estudos. A decisão vai depender da conduta de cada universidade.
O baixo custo da universidade de medicina na Bolívia, e a facilidade de não precisar prestar vestibular fez com que Pedro Igor Barbosa largasse o curso de publicidade em uma universidade particular de Maceió e fosse tentar medicina, na cidade de Cochabamba, na Bolívia.
“Tomei essa decisão porque o Brasil não nos dá tanta oportunidade, no meu caso nas universidades federais e estaduais é muito complicado de ingressar. Comecei a pensar em ir para a Bolívia quando um amigo meu que estuda medicina por aqui me falou como era, então eu resolvi tentar, quando eu cheguei foi difícil me adaptar ao clima, por conta da altitude elevada e ao idioma do país, mas agora estou adorando”, declara o estudante.
Ao falar do medo de não conseguir revalidar o diploma ele conclui: “Medo de não conseguir revalidar o diploma no Brasil, todos têm, mas é basicamente como um vestibular baseado em tudo que estou aprendendo na faculdade, eu prefiro pensar positivo”.
Shelling Alves da Silva é alagoano e está no 10º período de medicina na Bolívia e de acordo com ele, todos os seus amigos conseguiram revalidar o diploma no Brasil. “Eu não me arrependo de ter vindo estudar da Bolívia, pois o ensino aqui possui muita qualidade e muita oportunidade. Apesar de tudo, a vida aqui não é fácil, é complicado estar longe dos amigos e da família, eu ainda retornarei a Alagoas para amenizar o sofrimento de muitas pessoas que necessitam de atendimento médico”, afirma Shelling.
O estudante ainda acrescenta que não está difícil revalidar o diploma. “O Lula instalou um plano piloto e a Dilma aperfeiçoou, como uma medida provisória. Existem empresas especializadas que ajudam os profissionais a resolver toda burocracia solicitada pelas universidades e na complementação da provas. Passar apenas com a prova é muito difícil, mas tem que tirar no mínimo 35 na prova para ter direito a complementação", explicou.


21 comentários
  • Arlindo José de Lira em 16/08/2011 às 07:02
E depois de formados ainda vem para o Brasil "aplicar seus conhecimentos" nos deixando a mercê de profissionais que nada sabem fazer além de receitar um anti-térmico e um paracetamol, sem ao menos saber escrever como o estudante Pedro Ivo Barbosa. É uma pena que o governo ainda os aceite.
  • Simplório em 16/08/2011 às 07:10
Esses diplomas (graduação, mestrado e doutorado) Na Argentina, Uruguai, Bolívia etc, é para quem quee vida boa. Não consegue passar aqui e vai para lá. Mas uma coisa me deixa tranquilo: o título de INCOMPETENTE a pessoa vai carregar para o resto da vida. Pobre Brasil !!!
  • DIPLOMADO em 16/08/2011 às 08:04
Eles pagam fortunas aos reitores das universidades federais para revalidar o diploma.Que bando de reitores nojentos!!!
  • calado em 16/08/2011 às 08:46
Se o cidadão não consegue ser aprovado em um vestibular p/ MEDICINA aqui, que capacidade tem de assimilar os conteúdos do curso seja lá onde for... ISSO DEVERIA SER PROIBIDO PELO GOVERNO FEDERAL, QUER SER MÉDICO "ESTUDE" E HONRE AS UNIVERSIDADES BRASILEIRAS SEUS incopetentes! NAO SE BRICA COM A VIDA
  • Brunno G. Feitoza em 16/08/2011 às 09:10
A todos que Comentaram acima: Não sou estudante de medicina,ainda, no entanto me entristece ver pessoas expor pensamentos tão preconceituosos em pleno século XXI, meu Deus, será que algum de vocês que estão falando isso são médicos ou pretendem ser? ou tem alguém da família exercendo a medicina?
  • Brunno II em 16/08/2011 às 09:16
Eu gostaria de saber algo dos quatro colegas acima. Eu não sabia que a anatomia dos brasileiros é diferente da anatomia dos bolivianos, dos argentinos, ou dos americanos! Será que o corpo humano muda, e os orgãos vitais também? nossa, parabéns a vocês, entendem muito da área. Meus pesames colegas.
  • Brunno III em 16/08/2011 às 09:24
Gostaria de informa-los que tenho nível superior e trabalho em um grande hospital do estado, tenho colegas médicos formados na bolívia,que são excelentíssimos profissionais,tbm tem os ruins, tem ainda os que vieram da UFAL, alguns bons, outros péssimos, sem contar nos da UNCISAL,sem comentários.
  • espedito em 16/08/2011 às 10:35
A falta de ofertas e o custo nas universidades do Brasil envergonha os brasileiros, com a carencia que tem o País na área de medicina. Romper com o preconceito de que pobre pode ser médico, quebrar as correntes da herança que filho de médico faz medicina e filho de pobre Magistério.
  • andre em 16/08/2011 às 10:36
Só pra não prestar vestibular porque vaga tem de sobra! Prova da falência no ensino e falta de interesse dos calouros. Vão estudar! Parece ser também umas férias dos filhos problemáticos que os pais sempre quiseram. Agora terão de aguentar se eles voltarem com um pózinho branco nas narinas!
  • Direto da Bolívia em 16/08/2011 às 10:43
Nossa Bruno vc me deixou EMOCIONADA! Por ter falado toda a verdade q pessoas culturalmente medíocres tem! Só quem está aki sabe o q passa! Bons e maus profissionais existem EM TODO LUGAR e em QQ PROFISSÃO! Sabendo ou não ANATOMIA e/ou FARMACOLOGIA! Já trabalhei em AL na saúde... continua
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2 comentários:

  1. esse abestalhados que não tem condição de de ir cursa medicina na bolivia e muito menos no brasil.
    nao devia abri essa boca pra falar que o curso da bolivia não presta.os brasileiro só fala no vestibular.nesse maldito vestibular.
    você não aprende a ser medico com vestibular e nem com as mensalidades caras que tem no brasil. tem 5 anos pra se medico isso no brasil e na bolivia.

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  2. a diferencia do brasil pra bolivia e que tem que ter muito dinheiro pra paga o vestibular e as mensalidades e na bolivia nao precisa. compra vestibular por que vestibular não faz você um medico.
    se vestibular fosse tao importaste não precisava estuda mais so em passa ja poderia exercer a função de medico.

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